Como Morrem os Pobres e Outros Ensaios – Para George Orwell, nada substituía a experiência direta da vida. E foi com base na vivência pessoal e na observação crítica do mundo que ele escreveu ensaios, artigos e crônicas ao longo de toda a vida. Alguns dos mais representativos desses textos estão reunidos em Como morrem os pobres e outros ensaios.
Na primeira seção do livro, por exemplo, estão os relatos e reflexões de Orwell sobre sua vivência pessoal como sem-teto, colhedor boia-fria de lúpulo, presidiário e paciente de um hospital público. Em outra parte enfeixam-se seus vigorosos artigos sobre o uso da linguagem verbal no romance, na poesia, na propaganda política e no jornalismo.
A gama de interesses do escritor é inesgotável. Com a mesma verve e conhecimento de causa, ele fala sobre temas graves, como a hipocrisia intelectual, ao lado de assuntos mais leves e aparentemente até fúteis, como os trajes da elite britânica e o gosto do cidadão inglês por crimes sensacionalistas.
De todos os tópicos, sejam grandes ou pequenos, Orwell extrai revelações sobre a estrutura da sociedade, as mudanças nos costumes, as transformações profundas operadas na Inglaterra e no mundo na primeira metade do século XX.
Eric Arthur Blair (Motihari, Índia Britânica, 25 de junho de 1903 – Camden, Londres, Reino Unido, 21 de janeiro de 1950), mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.[4] Apontado como simpatizante da proposta anarquista, o escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo. O entusiasmo do autor pelo socialismo democrático não foi abalado pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico "A revolução dos bichos".
Considerado talvez o melhor cronista da cultura inglesa do século XX, Orwell se dedicou a escrever resenhas, ficção, artigos jornalísticos polémicos, crítica literária e poesia. Ele é mais conhecido pelo romance distópico Nineteen Eighty-Four - 1984 (Escrito em 1949) e pela novela satírica Animal Farm (1945). Juntas, estas obras venderam mais cópias do que os dois livros mais vendidos de qualquer outro escritor do século XX.[9] Um outro livro de sua autoria, Homage to Catalonia (1938) - um relato de sua experiência como combatente voluntário no lado republicano da Guerra Civil Espanhola - também é altamente aclamado, assim como seus ensaios sobre política, literatura, linguagem e cultura. Em 2008, o The Times classificou-o em segundo lugar em uma lista de "Os 50 maiores escritores britânicos desde 1945".
A influência de Orwell na cultura contemporânea, tanto popular quanto política, perdura até os dias de hoje. Vários neologismos criados por ele, assim como o termo orwelliano - palavra usada para definir qualquer prática social autoritária ou totalitária - já fazem parte do vernáculo popular.
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